quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Será que vamos ter que contratar mercenários?


Erdanet
A tomada de poder pelos “insurgentes” na Líbia pode servir de momento para reflexão de nossas condutas como cidadãos. Percebe-se, pelas imagens, que um movimento legitimamente popular não contaria com todo o aparato bélico mostrado. Metralhadoras ponto 50, sim aquelas que são usadas para derrubar aviões, são dirigidas aleatoriamente, com objetivo puramente intimidatório.

Interesses econômicos de países foram atingidos, principalmente da França e da Itália, desconstruindo todo um mito de democracia na Líbia. Mito que até recentemente era apoiado por esses países, em troca do Ouro Negro.

A Ciência Política ensina que nenhum país pode apoiar sua economia em bens primários, commodities no Comércio Internacional, sob pena de ter sua soberania invadida. O Capitalismo Selvagem que se instala nesses países exportadores é que leva à degradação do meio ambiente, aos mais vis meios de exploração do trabalho humano e ao desnível econômico da população. Aqui a mais-valia deve ser máxima.

O importador quer mais produtos a preços menores, buscando nos cartéis ponto de apoio para maximizar e legitimar sua esperteza.

Nessa balança, os países que apoiam sua economia em commodities sempre ficarão em desvantagem, seja na OMC, na ONU e em outros organismos internacionais de comércio. A infra-estrutura montada nesses organismos é o que legitima seus atos, inclusive movimentos “insurgentes” contra a “ordem estabelecida”, como no Kuwait, Irã, Zaire etc, países produtores de bens primários e com histórico de lideranças corruptas. Essa conjunção de fatores somada a um povo inepto leva à instabilidade na democracia.
Líderes que não prestam contas, que agem como déspotas, fazendo desdém com a paciência do povo, esquecem-se que pelo menos uma parcela, ínfima que seja, é esclarecida.

Carlos Benedito da Silva Brito

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