sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Limites


O Banco de NY começou a cobrar taxas de grandes depósitos em conta-corrente.
Em resposta à recessão e à anêmica recuperação econômica dos EUA, o FED baixou as taxas básicas de juros para patamares próximos do zero e adquiriu US$ 2,6 trilhões em empréstimos e papeis to tesouro. No processo, ele inundou o mercado com dinheiro em cash. Porém, tanto os bancos como os investidores relutam em aplicar o dinheiro na produção, desmotivados pelo estado “desinteressante” em que se encontra a economia.

Não tendo destino, o dinheiro permanece estacionado nos bancos.

Economistas chamam isso de “armadilha da liquidez” – dinheiro vivo (líquido) permanece preso no sistema financeiro sem o desejável destino às atividades produtivas ou consumo em parte pela fragilidade da demanda.
Em seu blog, Paul Krugman, em 2008, já tinha alertado sobre o risco dos EUA enveredarem por este caminho. Foi combatido veementemente pelos teóricos com a máxima de que a emissão de dinheiro é sempre inflacionária.
Mas pelo que parece a teoria na prática é outra, os bancos começaram a pagar taxas negativas ou a cobrar pelos grandes depósitos em reforço a tese de Krugman.

O que sempre achei é o que a mídia começou a veicular nesses últimos tempos, a crise de 2008 ainda está presente , mas vou um pouco além.

Diferentemente de 1930, a maior economia do mundo, hoje, está escassa dos recursos naturais que a levaram a este status pelo moto “energia abundante e barata”.
Hoje, para qualquer tentativa de crescimento, as pretensões são logo rechaçadas pela rápida evolução dos preços das commodities, em especial, os do petróleo.
É o que temos observado e o que também parece ser de irrefutável lógica: haveremos de chegar, se não chegamos, a algum limite.

Ronaldo Pignataro

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