sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
BC grego cobra atitude do governo para evitar 'default'
Por Dow Jones Newswires
Atenas
A permanência da Grécia na zona do euro corre sérios riscos se o governo não cumprir a agenda de reformas e não corrigir problemas estruturais do passado, afirmou George Provopoulos, presidente do Banco Central grego. Provopoulos reiterou que o governo e líderes políticos não devem se encolher diante dos desafios do país.
"Se, novamente, ignorarmos os imperativos da realidade, o fim é garantido: isolamento político e econômico e o começo de uma trajetória que irá dissipar tudo o que alcançamos no pós-guerra e nos fará retroceder muitas décadas."
As observações de Provopoulos coincidem com o esforço do governo grego para tentar assegurar novo pacote de ajuda financeira de €130 bilhões junto aos parceiros europeus e ao FMI. A Grécia depende dessa ajuda para evitar o que seria o primeiro default da história de um país da zona do euro.
Em 2010, a Grécia recebeu o primeiro auxílio dos parceiros europeus e do FMI, no valor de €110 bilhões, em troca de reformas econômicas e acabar com o déficit no orçamento.
Apesar de a Grécia ter diminuído o déficit orçamentário em um terço desde então, para estimados 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, a implementação de reformas estruturais ficou muito aquém das expectativas.
"A crise que choca o país e ameaça o futuro grego na União Europeia não reflete simplesmente tendência negativa, passageira, nos ciclos econômicos", disse Provopoulos. "Trata-se de uma profunda crise sistêmica, estrutural, do modelo econômico adotado no pós-guerra e que conduziu para um impasse fatal e o colapso."
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