sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

BNDES financia 'maquininhas' da Cielo



Por Aline Lima - Valor 16/12
De São Paulo

A Cielo, credenciadora líder do mercado de cartões, passou a acessar no terceiro trimestre deste ano linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisição de máquinas e equipamentos (Finame), com o objetivo de renovar seu parque de POS ("point of sale", em inglês) - as maquininhas de capturas de transações.

Foram investidos, entre julho e setembro, R$ 130 milhões na aquisição de novas "maquininhas", mas a operação com o BNDES só deve aparecer no balanço da Cielo do quarto trimestre.

Segundo Clovis Poggetti Junior, diretor financeiro e de relações com os investidores (RI) da empresa, toda nova compra de POS que a empresa fizer, daqui para frente, será por meio do Finame. "Obviamente, os equipamentos deverão atender aos requisitos do banco de fomento", ressaltou o executivo.

Todas as máquinas da Cielo fornecidas hoje aos estabelecimentos comerciais contam com a tecnologia "contactless", na qual o pagamento com o cartão é feito por aproximação. A Cielo tem um parque de 1,4 milhão de máquinas de POS, com idade média de 1,7 ano.

Ontem, durante apresentação a analistas e investidores promovida pela Associação dos Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP), a Cielo informou ainda que o valor da comissão paga à bandeira Visa, de 0,11% sobre o volume de transações com cartões de crédito e débito, permanecerá nesse patamar pelos próximos seis anos e meio. O valor sofreu um reajuste no terceiro trimestre deste ano, quando era, até então, de 0,082%.

Este é o terceiro reajuste desde a abertura de capital da Cielo, em junho de 2009, quando a Visa deixou a sociedade. Em 2008, o valor cobrado pela Visa era de 0,035% sobre o volume de transações com cartões de crédito e débito.

O valor da comissão paga para a bandeira MasterCard é superior ao valor pago à Visa, mas a Cielo não informa o percentual.

Rômulo de Mello Dias, presidente da Cielo, não acredita que o valor pago à MasterCard será reajustado. "Somos a maior empresa de adquirência da América Latina e tamanho tem importância", afirmou.

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