quarta-feira, 20 de julho de 2011

Real é a moeda mais valorizada entre as 58 principais economias



Valor 20/07/2011




O Brasil se consolida como o país com a moeda mais valorizada entre as 58 principais economias do mundo, enquanto o G-20 continua a discutir sobre câmbio e utilização dos instrumentos de controle de capital.
Um índice do Banco Internacional de Compensações (BIS), banco central dos bancos centrais, que acaba de ser atualizado, mostra o avanço da moeda brasileira desde a última reunião de cúpula do G-20, em novembro, em Seul, onde as autoridades brasileiras insistiam na importância de se evitar uma guerra de moedas.

BIS calcula a taxa de câmbio efetiva real (EER) de 58 países e da moeda única europeia. A EER representa a média cambial da moeda de um país relativa a uma cesta de outras moedas ajustadas pelo preço ao consumidor. Se o ranking da moeda está abaixo de 100, significa que está desvalorizada e tem espaço para se apreciar.
Na cúpula de Seul, há sete meses, a taxa de câmbio efetiva real era de 148,1 por unidade do real. O BIS mostra agora que a taxa pulou para 157,68 em junho, ou seja, o real se valorizou ainda mais.
Já a moeda chinesa continua se desvalorizando em termos reais. Estava em 119,65 e agora caiu para 116,31.
Também no caso do dólar americano, continua se desvalorizando: a taxa efetiva real era de 89,41 em novembro, passando nesta última sondagem a 84,51. O euro estava em 93,95, agora subiu ligeiramente para 97,48.
O BIS mostra que o peso argentino está em 77,8 no índice, menos da metade da valorização da moeda brasileira. A Coreia do Sul, em 83,2, e o México em 93,4, ou seja, todos com amplo espaço para valorizar suas moedas.
Em recente passagem por Paris, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, insistiu que a guerra das moedas está longe de acabar. Mas no G-20 não só um acordo internacional não avança, como as tentativas são de limitar a imposição de controle de capital.
O Brasil, porém, avalia que o G-20 vai, no máximo, dar uma "opinião" sobre o uso de instrumentos para controle de capital. Nada de recomendação ou código de conduta, como propôs o FMI.

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