quinta-feira, 14 de julho de 2011

Números da IEA



GENEBRA - O crescimento da demanda de petróleo deve acelerar no ano que vem, e a América Latina será a região fora do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) com maior expansão na produção, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).
A agência apresentou ontem sua primeira projeção para 2012, menos conservadora que a da Opep e apontando para pressões no suprimento da principal commodity mundial.
A expectativa é de que o uso de petróleo crescerá em 1,47 milhão de barris por dia, basicamente nas economias emergentes, que continuarão sendo o motor da economia global.
A América Latina terá o maior crescimento na produção, com a oferta aumentando em 270 mil barris por dia, para totalizar 4,6 milhões de barris diários.
O Brasil dará a maior contribuição, com aumento da produção total de petróleo em 175 mil barris/dia, totalizando 2,4 milhões de barris diários, graças também a exploração de oleo no pré-sal.
Mas a AIE destaca que, apesar de o Brasil ter uma longa lista de novos projetos de "upstream", persistem algumas preocupações sobre a espiral de custos e a capacidade da oferta doméstica da indústria de serviços para satisfazer um cronograma do projeto ambicioso com conteúdo local obrigatório.'
Nota que a Petrobras adiou novamente a publicação do seu tão aguardado plano de investimentos 2011-2015, "supostamente por disputas sobre os custos, especialmente para os ambiciosos projetos de downstream e temores do governo resultante de preços dos combustíveis e da inflação".
A Colômbia será outra fonte chave da região. A produção deverá aumentar em 85 mil barris/dia, alcançando 1 milhão de barris/dia em 2012. Na Argentina, as greves que tinham atingido a produção de petróleo na região de Santa Cruz teriam fracassado. Projeções para 2012 apontam produção estável em 675 mil barris/dia.
Os preços do petróleo em Nova York e em Londres avançaram ontem com a divulgação do relatório de energia dos EUA e com o crescimento da economia chinesa. O contrato WTI para agosto teve alta de 62 centavos de dólar, para US$ 98,05. O contrato de setembro subiu 64 centavos de dólar, cotado a US$ 98,49. Em Londres, o Brent para agosto elevou-se US$ 1,03, a US$ 118,78. O vencimento de setembro registrou elevação de US$ 1,03, fechando o dia cotado a US$ 118,78.
As reservas americanas de petróleo caíram em 3,1 milhões de barris na semana passada e as de gasolina cederam em 800 mil barris. As reservas de destilados, contudo, subiram na semana encerrada em 8 de julho. As refinarias utilizaram 88% da capacidade operacional na semana passada.

Um fato estranho é a divulgação pelo site da agência da seguinte nota:

"Global oil supply in June increased by 1.2 mb/d from May, to average 88.3 mb/d, with OPEC crude rising by 0.8 mb/d to 30 mb/d as Saudi Arabia boosted supply. Non-OPEC supply is now seen averaging a lower 53.1 mb/d in 2011, on prolonged production outages, before rising to 54 mb/d in 2012. The ‘call on OPEC crude and stock change’ now rises by 1.3 mb/d in 3Q11 to 31.3 mb/d. It averages 30.7 mb/d for 2012, +0.1 mb/d versus 2011. "

dizendo que a oferta de petroleo foi aumentada em 1,2 milhões de barris diários em junho, proporcionado, basicamente, pelo incremento de produção da Arábia Saudita.

Volume considerável , e estranho, não ter havido contrapartida na redução dos preços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário