By Javier Blas – FT – 19/07/2011
A Arábia Saudita é reconhecidamente o maior produtor e exportador de petróleo, com a produção de 9,7 milhões de barris por dia no mês passado, o segundo maior nível em três décadas, o país caminha para se tornar também um dos maiores consumidores. A sua entrada ao clube dos gastões poderá ter implicações profundas nos preços do produto nos próximos anos, apertando ainda mais o mercado global.
O país deverá alcançar neste ano a marca de 2,81 milhões de barris ao dia na média, tornando-se o sexto maior consumidor atrás dos EUA, China, Japão, Índia e Rússia. Em base per capita, o consumo é astronômico. Somente neste ano o consumo deverá saltar 5,6%, bem acima da média global de 1,4%.
A demanda de oleo na Arábia Saudita cresceu 75% nestes últimos dez anos devido ao forte crescimento econômico e industrial e aos preços subsidiados.
O forte crescimento contrasta com os bem mais modestos 39% ocorridos entre 1990 e 2000.
A contribuição maior para o forte crescimento está a queima do petróleo cru para a geração de energia elétrica, que deverá alcançar quase 600.000 barris por dia neste verão. Ao invés de queimar gás natural ou óleo combustível, o país usa petróleo bruto. O consumo de eletricidade explode durante o verão pelo uso do ar-condicionado, quando as temperaturas alcançam máximas acima dos 40ºC.
O forte crescimento contrasta com os bem mais modestos 39% ocorridos entre 1990 e 2000.
A contribuição maior para o forte crescimento está a queima do petróleo cru para a geração de energia elétrica, que deverá alcançar quase 600.000 barris por dia neste verão. Ao invés de queimar gás natural ou óleo combustível, o país usa petróleo bruto. O consumo de eletricidade explode durante o verão pelo uso do ar-condicionado, quando as temperaturas alcançam máximas acima dos 40ºC.
A Agencia Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês), que recentemente revisou os dados de queima de petróleo para eletricidade, diz que da média de menos de 200.000 barris por dia no início dos anos 2.000, mais que dobrou atingindo 450.000 b/d em 2009. Nesta época muitos dos observadores pensavam que Riyadh estava queimando mais devido ao colapso da demanda pela crise global. Porém a queima continuou em ascensão a despeito da recuperação econômica.
O IEA agora estima que Riyadh queimará em média 581.000 b/d este ano (com pico de 740.000 b/d entre abril e setembro). Para fins de comparação, Equador, o menor membro da OPEP produz 500.000 b/d e Qatar 800.000 b/d.
A explosão de consumo durante o terceiro trimestre, quando as temperaturas são máximas, é tão intensa que o país tem o consumo quase igualado ao consumo da India e Russia, o quarto e quinto maiores consumidores mundiais, neste período.
A explosão de consumo durante o terceiro trimestre, quando as temperaturas são máximas, é tão intensa que o país tem o consumo quase igualado ao consumo da India e Russia, o quarto e quinto maiores consumidores mundiais, neste período.
Assim, nenhuma surpresa por Riyadh estar aumentando sua produção.
Ela necessita para seu próprio consumo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário