quarta-feira, 15 de junho de 2011

O QUE ?




A Notícia


“Por Brian Ellsworth”


RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras informou nesta sexta-feira que produzirá mais que qualquer outra companhia petroleira listada em bolsa no mundo, prevendo elevar a produção para 6 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2020, quase o triplo do que a estatal produz atualmente.”



Chamar o plano da Petrobrás de ambicioso é pouco, mentiroso seria pouco adequado, então ficamos com o improvável.
Claro, papel aceita tudo e pode ficar bastante bonito quando pintado de dourado e valioso quando planfetado pela Wall Street, mas já são demais os perigos dessa vida mesmo que se ande pelos becos da verdade, a quem interessaria difundir a ilusão?


A HISTORIA


A produção de petróleo no Brasil começou em 1954 em Lobato, hoje um bairro de Salvador. Petróleo mesmo se descobriu no mar, na bacia de Campos em 1974 e para chegar a um milhãozinho de barris por dia foram uns 25 anos. A aceleração da produção ocorreu mesmo a partir daí, 1998, até chegar bem próximo aos dois milhões de barris por dia dez anos depois.
A média da produção brasileira em 2010, de acordo com a própria Petrobrás, foi de 2.003.900 barris por dia, em janeiro de 2011 – 2.069.300, e fevereiro 2011 – 2.019.500, 350 mil abaixo da previsão da companhia realizada em 2003/2004 para 2011.
Como poderá, então, pretender o incremento de 4 milhões de barris diários no mesmo período, 10 anos, que a duras penas, conseguiu somente um?


AS PREVISÕES


Hubbert conseguiu determinar com bastante precisão o pico da produção americana. Este ocorreu no início da década de 70.
A IEA (Agencia Internacional de Energia) em seu monitoramento dos recursos mundiais há muito incluiu o Brasil em seus gráficos de previsões com dados tomados da Petrobrás e outras gigantes presentes na área.

Comparando-se os valores obtidos pela curva mostrada no gráfico acima, com os dados da Petrobras e com as estimativas da IEA, verifica-se que a curva teórica de Hubbert obtida parece se aplicar bastante bem ao caso brasileiro.

As previsões da época (2004) coincidem para um pico de produção de 3,2 milhões de barris diários em 2022.

Será que esconderam a verdade no fundo de algum poço?

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