quarta-feira, 12 de junho de 2013

População e crescimento






  
Da publicação Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade -  Revisão 2008 - IBGE
 
 
Dando continuidade à tradição de divulgar a projeção da população do Brasil, iniciada nos anos de 1970, e consolidada na década de 1990, no que tange ao refinamento teórico-metodológico, o IBGE divulga a Revisão 2008 da projeção da população em nível nacional.  
 
A Revisão 2008 da Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 incorpora a revisão da trajetória recente e futura da fecundidade, com base nas informações provenientes da PNAD de 2002 a 2006, cujo nível limite se estabilizaria em 1,5 filho por mulher (hipótese recomendada). ¹
 
Desde os anos de 1960, que a taxa de crescimento da população brasileira vem experimentando paulatinos declínios, intensificando-se juntamente com as quedas mais pronunciadas da fecundidade. Contudo, se o ritmo de crescimento populacional se mantivesse no mesmo nível observado na década de 1950 (aproximadamente 3%), em 2008 a população residente no Brasil seria de 295 milhões.
 
Ao longo do período 1955-2008, a diminuição do balanço entre nascimentos e mortes foi tal que a diferença observada de 105 milhões de pessoas que não entraram no cálculo da população, em 2008, deve-se exclusivamente à queda dos níveis gerais da fecundidade no País.
 
Com isso, a taxa de crescimento da população diminuiu de 3,04% ao ano, no período 1950-1960, para 1,05% ao ano, em 2008, e poderá alcançar -0,291%, em 2050, com uma população projetada em 215,3 milhões de habitantes. Com estes resultados, espera-se que a população do Brasil atinja o chamado “crescimento zero” por volta de 2039, apresentando, a partir daí, taxas de crescimento negativas, o que acarretaria em declínios absolutos do volume da população.  
 
Assim, até 2039, o Brasil ainda apresentará um potencial de crescimento populacional, fruto do balanço entre os nascimentos e os óbitos ocorridos no País.


Notas:

1 - A taxa de fecundidade calculada em 1,93 em 2007, estima-se que esteja em 1,64 nos dias atuais em declínio até o ano de 2028 quando se estabilizaria em 1,50.




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